A forte queda no preço do Ethereum (ETH) no início de fevereiro não afastou os investidores. Pelo contrário, os ETFs de Ethereum voltaram a registrar fluxo positivo e acumulam entradas de US$ 393 milhões em fevereiro.
De acordo com dados da Farside Investors , o ETF de Ethereum da BlackRock (ETHA) praticamente monopolizou os fluxos de entrada. Além disso, este número também é sete vezes maior do que as entradas vistas em janeiro, conforme relatado pela Glassnode.
Dos 12 dias úteis que fevereiro teve até o fechamento desta matéria, os ETFs de Ethereum tiveram saídas em apenas dois. Em contrapartida, os 11 ETFs de Bitcoin enfrentaram uma saída líquida de US$ 376 milhões no mesmo período. No caso dos fundos de Bitcoin, eles registraram fluxo positivo em apenas quatro dos 12 dias de negociação.

Fluxo de entrada nos ETFs de Ether. Fonte: Farside Investors.
- Leia também: Bitcoin Hoje 18/02/2025: BTC pode se beneficiar com ‘auditoria do ouro’ nos EUA
Diferenças entre Bitcoin e Ether
Um contraste entre os ETFs de Bitcoin e Ethereum é a forma como os investidores estão utilizando casa fundo. No caso do BTC, os investidores institucionais adquirem cotas dos ETFs para investimento de longo prazo e seguem aumentando sua exposição.
Já nos ETFs de Ethereum, a mudança é impulsionada pelo carry trading, que envolve a compra de ETFs spot e a venda a descoberto de futuros de ETH na Chicago Mercantile Exchange (CME) simultaneamente. Ou seja, os operadores estão comprando ETH à vista pelos ETFs e apostando no mercado futuro, tentando lucrar com a arbitragem.
Mas uma coisa em comum nos dois casos é que os ETFs não estão impulsionando a valorização nem do BTC nem do ETH. O Bitcoin segue em queda e desta vez caiu abaixo de US$ 96.000.
Já o ETH se mantém na sua região de preço entre US$ 2.600 e US$ 2.800 desde a queda de 3 de fevereiro. Contudo, a criptomoeda tem uma atualização a caminho que pode beneficiar seu preço no médio e longo prazo.

Desempenho do ETH nos últimos 30 dias. Fonte: CoinGecko.
Atualização Pectra a caminho
Ainda assim, alguns observadores esperam ganhos no preço do ETH devido à iminente atualização Pectra , que supostamente otimiza as camadas de execução e consenso do Ethereum. Esta atualização estava programada para março , mas sofreu um adiamento e chegará no mercado em abril.
De acordo com a Fundação Ethereum, a Pectra ajudará a rede a competir com rivais de Camada 1 como a Solana, para quem o Ethereum perdeu espaço nos últimos dois anos.
“O ETH tem uma base sólida para um ressurgimento. A atualização do Pectra, programada para 8 de abril, por exemplo, está trazendo melhorias de rede, transações mais rápidas e melhor mecânica de staking”, disse Nick Forster, fundador da plataforma de opções descentralizadas Derive.xyz.
Forster explicou que o impulso do fundador do Ethereum Vitalik Buterin para um aumento de 10 vezes no limite de gas L1 aponta para um desenvolvimento e segurança de aplicativos aprimorados. Além disso, a recente alocação de US$ 120 milhões da Fundação para projetos DeFi está sinalizando um foco renovado na adoção e interesse institucional na atualização.
“Agora há uma chance de 30% de que o ETH atinja mais de US$ 3.000 até o final do trimestre, ante 28% na semana passada”, acrescentou Forster.
- Leia também: 3 Melhores Altcoins para comprar após SEC adiar resposta à Coinbase